terça-feira, janeiro 24, 2006

Amigos cento e dez ou talvez mais que eu já contei
Vaidades que eu sentia
Supus que sobre a Terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais
Amigos, cento e dez tão serviçais
Tão zelosos das leis de cortesia
Que eu já perto de viver me escapulia
às suas curvaturas vertebrais
Um dia adormeci profundamente
E ceguei
E dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos
Que vamos lá fazer? - Diziam eles -
Se ele está cego e não nos pode ver!
Que cento e nove impávidos marotos!!!